Desde que a querida Dayse me colocou como administradora do Fotoamadorando eu não postei nada pra vocês. Por parte foi porque eu não tive tempo, e por outra que eu não estava muito inspirada e disposta.
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Minha gata Minnie. Foto tirada pela Panasonic - Lumix - lente Leica ISO 400, sem flash, balanço de branco manual, f/2.8, 1/10s, saturação baixa, nitidez: suave, fonte de luz: tungstênio |
Vou contar um pouco sobre a minha história com Fotografia, prometo (tentar) ser breve.
Sou muito ruim de memória, sempre desejei aquela memória de elefante e buscava fazer questões de lógica e coisas relacionadas à matemática. Me tornei fera na área até a sétima série (que foi quando eu tive de mudar de colégio). Bem, não foi por esse motivo que me interessei por fotografia. (Eloquência, cadê você?).
Antes de nascer, meu pai fotografava. Eu fui crescendo e servindo de modelo. Minha mãe e meu irmão também. Fui crescendo e já não gostava mais de me ver em fotos após minha mãe cortar meu cabelo bem curtinho. Até hoje eu não me olho no espelho do mesmo jeito, aquele complexo de feiura sabe? Mas comecei a me interessar pela fotografia.
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Meu pai tirando fotos. Foto feita pela analógica Canon Prima Junior |
As fotografias que meu pai tirava eram maravilhosas, todo mundo ficava bonito nelas. Ele também sempre gostou de livros, um intelectual nato. Tinha livros sobre filosofia, semiótica, cinema, linguagem, literatura.... e finalmente fotografia, ufa. Se eu fosse listar tudo...
Então, eu passava horas vendo as fotografias dos livros e revistas. Meu pai tinha uma coleção enorme. Infelizmente, pela condição financeira não teve tantas câmeras, mas tinha o suficiente pra hoje me orgulhar e poder usar as câmeras analógicas¹ que ele não usa mais. Na verdade quando eu digo "tantas câmeras" eu imagino um quarto ou um museu repleto de câmeras de várias marcas, lentes e etc. Mas ele tinha muitos filtros² *_*
Sim, meu pai parou de fotografar. Parou por falta de tempo, inspiração e por conta da depressão. Mas ele além de talentoso, tinha todo um conhecimento que vejo pouco nos professores que já conheci. Mas agora ele ainda tira fotos lindas. E fico admira como ele consegue fazer isso com essas câmeras toda automatizada. E dá sim!
Minha amiga uma vez me elogiou porque eu tinha conseguido tirar uma foto linda de uma borboleta, de perto e com pouca luz. E digo assim: se você quer um bom resultado, você tem que saber pelo menos o básico e tentar tirar o máximo de proveito que sua câmera oferece. Muitas vezes o automático não consegue fazer uma foto legal por vários motivos e uma delas é a iluminação. No caso abaixo, se tivesse no automático, a câmera iria ativar o flash e a borboleta ia aparecer toda branca por causa da distância.
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ISO 800, sem flash, sem zoom e modo AF macro, câmera Lumix da Panasonic |
Ainda criança eu ficava pedindo a câmera dele para tirar fotos (talvez das minhas bonecas e das flores e plantas). Mas meu pai não é daqueles que confiam muito no cuidado dos outros, ainda mais de uma criança. Então foi um pouco demorado para conquistar um pouco da confiança e estragar um pouco os "filmes" Agfa da vida.
Pré-adolescente eu queria uma câmera. Parte das minhas amigas já tinham dessas câmeras "pequenas", automáticas, com pilha... Mas eu queria uma câmera diferente. Eu queria uma analógica, uma manual em que eu pudesse "brincar" mais do que apenas apertar aquele botão.
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Câmera analógica manual alemã Ikoflex filme 120 |
Ganhei minha primeira câmera, ainda uso ela. É uma da Lumix da Panasonic de lente Leica. Meu pai me deu e soube escolher a melhor da loja. Tenho certeza que ele pensou bem antes de escolher. Depois é que entendi isso. Leica é uma das melhores lentes.
"Para nós, amadores, precisamos apenas do conhecimento básico, que o resto é consequência da nossa criatividade e percepção".
Hoje eu tenho uma Nikon, 3100 que ganhei do meu pai no meu aniversário neste ano. Foi, até agora, a melhor coisa que me aconteceu. Eu pude fazer meus primeiros trabalhos fotográficos e pude fazer um curso de fotografia para iniciantes. Apesar de já ter o conhecimento básico pois tinha lido alguns dos livros do meu pai. O curso fez mais para me aquecer e dar um empurrãozinho e dizer "vai que dá certo?"
Não me tornei profissional, lógico, tou bem longe disso. Mas já tive minhas conquistas como amadora e transgressora de regras. Eu juro que é raro eu usar o fotômetro. Mas adianto logo: use o fotômetro se a sua câmera tiver ele.
Eu vou nessa que vou tirar umas fotos do meu pai andando de bicicleta!
Eu terminei meu curso de fotografia, mas vamos tirar a prova do que nos ensinaram e vamos fazer uma exposição sobre bicicleta dia 06 de Junho (quinta) no Sétima Arte na mesma rua da TV Jornal.
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Nikon D3100 f/5, 1/800s sem flash distância focal de 52mm ISO 100 |
Talvez volta pra contar mais, beijos!
Tentei ser breve
1. Uma câmera analógica é uma câmera que usa filme fotográfico, ao invés do sensor eletrônico.
2. Um filtro fotográfico é um acessório de câmera fotográfica ou de vídeo que possibilita o manejo de cores e/ou a obtenção de efeitos de luz pela sua inserção no caminho ótico da imagem. Os filtros são de gelatina, plástico, vidro ou cristal, na maioria das vezes montadas em anéis rosqueáveis na objetiva, ou em anéis elásticos para montar no cilindro liso da objetiva.